sábado, 20 de dezembro de 2014

O povo quer mudanças, mas não qualquer mudança




Em texto da página 8 do Jornal Realengo em Pauta, edição de dezembro de 2014, o editor Marcelo de Queiroz Perez comentou as eleições presidenciais de 2014. Confira abaixo:


O exercício da cidadania tem que ser feito, sobretudo com ética. A transparência e a veracidade dos fatos são fundamentais para o avanço do Brasil como um país desenvolvido. Vivemos uma democracia de 29 anos. Passados os 21 anos de regime de exceção, o processo de reabertura política e a instalação de uma assembleia constituinte que levou à promulgação de uma nova constituição, a consolidação de nossa democracia tem como marco o processo de impeachment do presidente Fernando Collor, com a posse do seu vice-presidente Itamar Franco e as eleições gerais de 1994.

E assim tem sido a cada 4 anos: os brasileiros vão às urnas para escolher seus representantes a nível federal e o Presidente da República. Muitos chamam de festa da democracia. Neste ano de 2014 não foi diferente. Um novo pleito onde os partidos existem apresentaram 11 candidaturas no primeiro turno: Dilma Rousseff (PT). Aécio Neves (PSDB), Marina Silva - substituindo Eduardo Campos (PSB), Luciana Genro (PSOL), Everaldo Pereira (PSC), Eduardo Jorge (PV), José Maria Eymael (PSDC), José Maria de Almeida (PSTU), José Levy Fidélix (PRTB), Mauro Luís Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO). As várias candidaturas e propostas são salutares numa eleição em 2 turnos e com tantos partidos. Para o segundo turno vão as duas mais votadas para aí sim ser escolhido o vencedor. Parece justo e democrático.
O primeiro turno de nossa eleição começou com uma tragédia. Eduardo Campos candidato escolhido por PSB, PPS, PPL, PHS, PRP, PSL para representar uma 3ª via no processo eleitoral, é vitima de um acidente de aviação e vem a falecer. Após debates a coligação lança a então candidata a vice. Marina Silva em seu lugar, e escolhe o gaúcho Beto Albuquerque para candidato a vice. A escolha de Marina mexe com o tabuleiro eleitoral já que a candidatura da 3ª via saí de míseros 8% para 28% de intenção de votos superando em índices a candidatura de Aécio Neves e se aproximando da candidatura de Dilma, apresentando um quadro diferente da dualidade PT x PSDB das ultimas 5 eleições presidências. A partir deste fato os adversários passaram a desconstrução da candidatura de Marina Silva pelo perigo que, segundo eles, apresentava, e já nos dias que se aproximavam do dia eleição, o que se via é que a tática tinha dado certo, pois o tucano Aécio se aproximava a passos largos, reconquistando o eleitorado perdido e minando a proposta de mudança que Marina Silva apresentava. Resultado do 1º Turno: Um segundo turno com a dualidade PT x PSDB.

No segundo turno o que se aguardava era o embate entre Dilma e Aécio e também para onde Marina Silva e sua coligação levariam os de 21 milhões de votos recebidos no 1º turno. Marina, e para surpresa de todos, até o PSB, optaram por pedir voto para Aécio Neves. A campanha do segundo turno foi pautada nas denúncias de corrupção de ambos os lados. Aécio se apresentava como o candidato da mudança que no primeiro turno era representada por Marina Silva e a família de Eduardo Campos. O resultado final anunciado somente às 20 horas do dia 26 devido aos diversos fusos horários foi a vitória de Dilma Rousseff com 54 milhões de votos contra Aécio Neves que teve 51 milhões de votos.
Festa da democracia? Não! Utilizando os instrumentos que mais representam a liberdade da democracia brasileira que são as redes sócias, uma partes dos derrotados aderiu a uma campanha de ódio ao processo eleitoral. Conclamam das mais diversas formas para que a vitória nas urnas seja rejeitada. Uns defendem a divisão do País em um muro onde ao Norte estejam os eleitores de Dilma e no Sul os eleitores de Aécio. Outros iniciam uma campanha contra as urnas eletrônicas, pois o resultado teria, segundo eles, sido forjado. Outros pedem uma nova eleição e inacreditavelmente uma parte pede a volta da ditadura militar! Utilizam até o preconceito como forma de querer mudar o destino das urnas dizendo que o motivo da derrota de Aécio foram “os nordestinos do bolsa-família”. E aí temos que ressaltar que Aécio perdeu a eleição em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, ou seja, no Sudeste!

Mas o povo que mudanças! O povo não aguenta mais corrupção! Sim essa é uma grande verdade. E se formos olhar os números a mudança ou a esperança na mudança era Marina Silva, que não era representada pela corrupção do PT nem do PSDB. Que defendia uma nova política e por isso foi atropelada tanto por Dilma e o PT como pelo Aécio e PSDB. De Marina ambos só queriam o apoio num eventual segundo turno.

Mas o povo quer mudanças! Quer mudanças para melhor! Não que qualquer mudança! E na dúvida optou pelo continuar o que já conhece. Para o povo, Aécio não representa a mudança, nem Dilma. E a prova disto está no eleitor de Pernambuco que no primeiro turno votou em massa em Marina Silva (48%) e que no segundo turno, a despeito da indicação pelo voto em Aécio feita pela própria Marina e a família Campos, preferiu no segundo turno Dilma dando lhe a vitória no estado com 70% dos votos.

O povo quer mudanças! E essa mudança passa por apurar as denúncias de corrupção na Petrobras e punição de TODOS os Políticos envolvidos. Passa pela construção de uma 3ª via onde políticos de bem possa apresentar uma candidatura decente. Nada de golpes! Nada de uma minoria querendo encabrestar a maioria do povo brasileiro. E se é para ter IMPEACHMENT que se faça de todos os políticos envolvidos em corrupção neste país. Pois dizer que a corrupção está em um partido apenas é falácia de derrotado. Não desistiremos do Brasil DEMOCRÁTICO!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Romário é o novo presidente do PSB no estado

Senador eleito com o maior número de votos do Rio, 4,7 milhões, Romário assumirá a presidência regional do PSB, após a intervenção da Executiva Nacional no diretório estadual. Ainda não há data confirmada para a posse, que pode ocorrer até o início da próxima semana.

A possibilidade de expurgar a diretoria estadual da legenda foi adiantada pela reportagem do DIA , ainda em novembro, quando Roberto Amaral, ex-presidente nacional do partido, colocara-se contra a aliança do PSB com o PSDB de Aécio Neves, no segundo turno das eleições.
A medida também resolve a insatisfação de Romário que, logo após a vitória, reclamara de que "promessas não haviam sido cumpridas" pela direção do partido. Amaral era resistente a entrada do Baixinho na Executiva estadual.


Para dissolver o diretório do Rio, pensava-se, desde então, utilizar artigo do estatuto que prevê a obrigação das legendas, nos estados, de alcançar pelo menos 5% dos votos para o Legislativo estadual e federal. O PSB do Rio recebeu cerca de 3% dos votos.

Ainda assim, negociava-se uma saída honrosa para o atual presidente regional, o deputado Glauber Braga, que é ligado a Roberto Amaral. O caldo entornou, entretanto, com a entrevista de Amaral ao DIA , publicada no domingo, em que ele chama a atual direção do partido de "oportunista" por se aliar à direita.

Como resposta, foi chamado por membros da Executiva Nacional de traidor e ingrato. O deputado federal Beto Albuquerque, vice na chapa de Marina Silva, chegou a afirmar que o ex-presidente é um "teórico 'bon-vivant'", que "sempre viveu às custas do partido".
A troca de acusações públicas tornou insustentável a permanência de Glauber Braga na nova Executiva. O deputado chegou a ser aconselhado a se afastar de Amaral, caso quisesse ter ainda alguma influência dentro de legenda. Ele é dito, entretanto, como "extremamente" leal ao tutor. Como consequência, estará fora.
 
SEGUNDA VEZ
Não é a primeira vez que Romário assume a presidência da legenda no estado. Em setembro de 2013, após ouvir do então responsável pelo partido do Rio, Alexandre Cardoso, prefeito de Duque de Caxias, que não concorreria ao Senado, o deputado federal deixou o PSB.

Foi convencido pelo próprio Eduardo Campos a voltar, porém. Como sinal de boa vontade, Campos não só lhe deu a legenda para disputar como senador como lhe deu a presidência regional. Alexandre Cardoso deixou o partido.

Sua passagem, porém, foi marcada por crítica internas. Acusam-no de ter deixado sem pagamento os funcionários do partido por até dois meses, além de "quase nunca comparecer" às reuniões do diretório.
À época, Romário atribuiu às críticas a traidores - "pessoas mascaradas", disse ao DIA certa vez.
Para Beto Albuquerque, o Baixinho assume a legenda no estado com a missão de "reconstruir" o partido. "Ele trabalhará para que o PSB do Rio volte a ter força e a musculatura digna do partido que é."

FONTE: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-12-09/romario-e-o-novo-presidente-do-psb-no-estado.html

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Romário apresenta projeto de lei para tornar crime a "carteirada"

O senador eleito Romário (PSB-RJ), ainda terminando seu mandato de deputado federal, apresentou na semana passada um projeto de lei que pretende tipificar a “carteirada” como crime. As penas propostas no PL incluem a suspensão da função pública por até seis meses, com perda de salário e outras vantagens. Se o condenado for juiz, promotor, deputado ou do primeiro escalão do Executivo, sua condição será considerada agravante.

No mês passado, causou revolta em muitos setores da sociedade brasileira o caso do juiz João Carlos de Souza Corrêa, titular do 18º Juizado Especial Criminal da Capital do Rio de Janeiro, que processou uma agente de trânsito da Operação Lei Seca, por não ter aceitado levar carteirada, e responder que "juiz não é Deus". A resposta da agente foi considerada ofensiva pelo juiz da primeira instância, e pelos desembargadores que julgaram o recurso do caso, no entanto, a agente de trânsito prometeu recorrer ao STJ.

A conduta do juiz também é investigada pelo CNJ.

FONTE:  http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-12-03/pt-busca-uniao-para-enfrentar-crise-no-partido.html