A possibilidade de expurgar a diretoria estadual da legenda foi adiantada pela reportagem do DIA , ainda em novembro, quando Roberto Amaral, ex-presidente nacional do partido, colocara-se contra a aliança do PSB com o PSDB de Aécio Neves, no segundo turno das eleições.
A medida também resolve a insatisfação de Romário que, logo após a vitória, reclamara de que "promessas não haviam sido cumpridas" pela direção do partido. Amaral era resistente a entrada do Baixinho na Executiva estadual.
Para dissolver o diretório do Rio,
pensava-se, desde então, utilizar artigo do estatuto que prevê a
obrigação das legendas, nos estados, de alcançar pelo menos 5% dos votos
para o Legislativo estadual e federal. O PSB do Rio recebeu cerca de 3%
dos votos.
Ainda assim, negociava-se uma saída honrosa para o atual presidente regional, o deputado Glauber Braga, que é ligado a Roberto Amaral. O caldo entornou, entretanto, com a entrevista de Amaral ao DIA , publicada no domingo, em que ele chama a atual direção do partido de "oportunista" por se aliar à direita.
Como resposta, foi chamado por membros da Executiva Nacional de traidor e ingrato. O deputado federal Beto Albuquerque, vice na chapa de Marina Silva, chegou a afirmar que o ex-presidente é um "teórico 'bon-vivant'", que "sempre viveu às custas do partido".
A troca de acusações públicas tornou insustentável a permanência de Glauber Braga na nova Executiva. O deputado chegou a ser aconselhado a se afastar de Amaral, caso quisesse ter ainda alguma influência dentro de legenda. Ele é dito, entretanto, como "extremamente" leal ao tutor. Como consequência, estará fora.
SEGUNDA VEZ
Não é a primeira vez que Romário assume a presidência da legenda no estado. Em setembro de 2013, após ouvir do então responsável pelo partido do Rio, Alexandre Cardoso, prefeito de Duque de Caxias, que não concorreria ao Senado, o deputado federal deixou o PSB.
Foi convencido pelo próprio Eduardo Campos a voltar, porém. Como sinal de boa vontade, Campos não só lhe deu a legenda para disputar como senador como lhe deu a presidência regional. Alexandre Cardoso deixou o partido.
Sua passagem, porém, foi marcada por crítica internas. Acusam-no de ter deixado sem pagamento os funcionários do partido por até dois meses, além de "quase nunca comparecer" às reuniões do diretório.
À época, Romário atribuiu às críticas a traidores - "pessoas mascaradas", disse ao DIA certa vez.
Para Beto Albuquerque, o Baixinho assume a legenda no estado com a missão de "reconstruir" o partido. "Ele trabalhará para que o PSB do Rio volte a ter força e a musculatura digna do partido que é."
FONTE: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-12-09/romario-e-o-novo-presidente-do-psb-no-estado.html
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