O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, avaliou como positiva a pesquisa CNT/Sensus, mesmo com a queda do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Para ele, a sondagem, divulgada nesta segunda-feira, revela que Ciro se tornou peça fundamental para a continuidade do projeto do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A pesquisa mostra a importância da candidatura de Ciro", afirma Amaral, que foi ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro ano do governo Lula.
Em nota, o presidente do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), também disse que a pesquisa é uma demonstração de que população quer a continuidade do governo Lula. "A aprovação do presidente continua crescendo e o espaço da oposição ficando cada vez menor, estando agora circunscrito a mais ou menos um terço do eleitorado", comentou o presidente do PSB.
Quando o nome de Ciro aparece na disputa, a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil) encosta no tucano José Serra, mostra pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira.
Neste cenário, Serra recebeu 33,2% das intenções de voto, seguido por Dilma, com 27,8%, e por Ciro, com 11,9%. A senadora Marina Silva (PV) aparece em quarto lugar, com 6,8% das intenções de votos. Os indecisos, brancos e nulos somam 20,4%.
Em novembro, Serra recebeu 31,8% de votos, enquanto Dilma tinha 21,7%. Ciro recebeu em novembro 17,5% dos votos e Marina, 5,9%. Sem Ciro, a CNT/Sensus mostra que Serra abre vantagem sobre Dilma. O tucano recebeu 40,7% das intenções de voto, enquanto a petista, 28,5%.
Ausência
Amaral afirma que Ciro caiu porque esteve de férias em janeiro enquanto os outros pré-candidatos fizeram campanha. O crescimento da ministra nas intenções de votos também pode ser atribuído ao programa eleitoral do PT apresentado em dezembro que colocou Dilma como principal destaque. "O nosso vai ser apenas em fevereiro", disse.
O dirigente avalia como remota que a possibilidade de Ciro se lançar candidato ao governo de São Paulo. Para o dirigente, o deputado não está mostrando desejo por essa disputa. "A coisa mais importante para uma candidatura é a vontade e o espírito do candidato", afirma. Para ele, a queda não fará Ciro Gomes desistir da candidatura à Presidência. "A pesquisa é um indicador com o qual os partidos trabalham", afirma.
Já Eduardo Campos também lembra que Ciro ficou cerca de 60 dias fora da mídia. " As pesquisas mostram que está correta a tática utilizada até agora por nosso campo, de manter duas candidaturas para a sucessão do presidencial", afirma o governador.
Fonte:Folha de S. paulo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u687721.shtml
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