O tempo corre para o comando do PSB mais rápido que para os demais concorrentes deste rally de 2010. O partido precisa definir que discurso adotar perante os eleitores até o dia 18, quando vai ao ar o programa de televisão da legenda: Ciro Gomes será candidato à presidência? No que depender do deputado, sabe-se que sim.
A rigor, o PSB não é obrigado declarar sua posição no programa, e Ciro – que já gravou sua participação – vai necessariamente ser a estrela da peça. Mas a indefinição fragiliza a posição da legenda, seja como integrante da coalizão pró-Dilma, seja como aspirante a candidatura própria.
O dilema do voo solo de Ciro é sua pouca autonomia. Lançá-lo praticamente sozinho significa ter apenas 2 minutos no horário eleitoral. O cearense, como é de seu estilo, topa tudo, desde que lhe deem a chance da exposição.
Ciro Gomes vem engrossando o tom desde que sofreu uma queda de 5 pontos percentuais nas intenções de voto, aparentemente, em favor de Dilma Rousseff. Ele já afirmou que considera uma eventual desistência de concorrer no primeiro turno como “deserção de um dever moral”.
A preocupação da cúpula do PSB é que a candidatura de Ciro acabe fazendo minguar os planos de crescimento do partido. É que, embarcado na canoa governista, o PSB acredita ter a chance de eleger até 50 deputados federais, saltando para a respeitável posição de partido de médio porte no Congresso.
Abrigar Ciro nunca foi fácil para nenhuma legenda. O deputado ameaça ser maior que o PSB e empurrará o partido para a disputa.
Christina Lemos, colunista do R7
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/psb-se-divide-entre-lancar-ciro-gomes-ou-crescer-20100209.html
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