sábado, 14 de agosto de 2010

Skaf ataca 'médico' Alckmin e promete revolução escolar

Edu Cerioni
Agência BOM DIA
Foto: Julio Monteiro/Agência BOM DIA

Dono da maior arrecadação na campanha para governador até aqui, R$ 3,490 milhões, Paulo Skaf (PSB) fez uma festa barulhenta, graças aos rojões, e colorida, com centenas de bandeiras, neste sábado nas ruas centrais de Jundiaí.

Contratados por um salário mínimo ao mês, os agitadores de bandeiras (50 vieram de Campinas e outros da Capital) garantiram muita empolgação na passagem do presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pela cidade.

O líder das pesquisas, Geraldo Alckmin (PSDB), foi o alvo de Skaf: “Como um médico que está há 14 anos no governo deixa que a saúde pública seja esse desastre? É um desrespeito com a população. Vamos mudar isso, usando equipamentos ociosos e atacando o problema de saúde básica junto com as prefeituras”, disse.

Skaf defendeu o TAV (Trem de Alta Velocidade). Para ele, é um investimento que São Paulo não pode perder. “O [José] Serra (candidato tucano à presidência) é contra. Mas eu sou a favor. Vai ser a solução para os aeroportos e vai desafogar o trânsito. São Paulo merece o trem-bala”.

Sobre a parada em Jundiaí, desconversou: “É uma questão técnica”.

Para ele, a educação precisa passar por mudanças profundas. Ele citou no discurso o trabalho desenvolvido pelo Sesi. “Vou fazer uma revolução escolar junto com os professores, não contra eles”, alfinetou o PSDB de novo.

O candidato dos empresários se diz contra a progressão continuada nas escolas e assegurou que, caso eleito, vai apostar na formação técnica.

Cristiano Lopes, candidato a deputado estadual por Jundiaí, estimou em 500 as pessoas na passeata.

Pelo menos no discurso ele é diferente
Skaf tem ao seu lado um trunfo: não é político de carreira. Com isso, consegue algumas tiradas que os adversários não podem repetir. Uma delas ontem foi essa: “Eu sou alguém que não promete e faz. Imagine agora que estou me comprometendo com as mudanças”.

Foi assim que reagiu ao ser questionado sobre as pesquisas que o deixam longe do sonho de governar o Estado mais rico do país. “A campanha começa agora. Tenho 5 debates e o horário eleitoral gratuito (começa terça) para mostrar que sou a novidade na política. Muita água vai rolar ainda”, disse.

Skaf foi surpreendido por uma eleitora que lamentou veementemente seu apoio a Dilma Roussef (PT). Deu um tapinhas costas dela e mudou de assunto, lembrando que sua candidata a vice era uma mulher (a médica Marianne Pinotti). A reclamante saiu sem entender nada.

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