segunda-feira, 26 de abril de 2010

Eleições serão laboratório do uso político da Internet no Brasil

Sem tempo suficiente para pedir votos na TV, candidatos ao Legislativo devem apostar na web. O fim das restrições legais ao uso da Internet impulsiona as estratégias digitais de marketing

Bastam alguns minutos de frente para o computador para perceber que as eleições de 2010 deverão ser ``um grande laboratório`` para a campanha na Internet, conforme apostou a publicitária Gil Castillo. Com um detalhe: as ferramentas digitais podem ser ainda mais importantes na disputa proporcional, embora mantenham papel secundário, apesar de crescente, na eleição majoritária. Sem tempo suficiente na propaganda de TV, os candidatos a deputado estadual e federal terão muito a ganhar recorrendo aos sites, blogs e redes de relacionamento.

A tese é defendida pelo consultor político Chico Santa Rita, que esteve ao lado de Gil no 9º Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político, em Fortaleza, no último sábado. Segundo a publicitária, o fim das restrições legais ao uso da Internet aponta para a criação de um verdadeiro ``palanque virtual``. E as táticas já estão sendo testadas. No mundo virtual, a campanha já está quente.

Alem de perfis em sites de relacionamento & os pré-candidatos do PT e PSDB à Presidência da República reuniram a militância nos sites "os amigos da presidente Dilma (Rousseff)" e "os amigos do (José) Serra", respectivamente. A participação dos políticos na rede de microblogs Twitter virou quase obrigatória. Usuário assíduo da ferramenta, o provável candidato à reeleição ao Governo do Ceará, Cid Gomes (PSB), chamou a atenção do eleitor/internauta ao improvisar, na última semana, uma entrevista coletiva na Internet.

Da web às ruas
Ao lembrar que ``Internet, sozinha, não ganha eleição``, Gil disse que um dos desafios dos candidatos é fazer com que as atividades virtuais gerem ações no mundo real, algo parecido com o que ocorreu na eleição do presidente Barack Obama, nos Estados Unidos. Ela minimizou o fato de no Brasil, ainda ser grande o número de pessoas sem Internet. Segundo Gil, o País é um dos campeões em tempo de permanência na web.

(Hébely Rebouças - hebely@opovo.com.br)
http://www.noolhar.com/opovo/politica/976821.html

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