terça-feira, 16 de março de 2010

Empresas investem US$ 23 mi para descobrir petróleo em PE

O trabalho de obtenção de dados realizado na costa pernambucana para detectar uma possível existência de petróleo nos três blocos de exploração da Bacia Marítima Pernambuco-Paraíba foi concluído. A coleta de dados foi apresentada ao governador e presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, por representantes da Petrobras e da Petrogal Brasil (Galpenergia) na última semana.

Entre os meses de novembro de 2009 e fevereiro deste ano, as companhias realizaram o trabalho na área de aproximadamente 2.700 km2 paralela à costa e localizada entre os municípios de Ipojuca e Igarassu, numa distância que varia entre 21km e 90 km da faixa de areia. Feita através do processo de aquisição sísmica 3D, o mais moderno do mundo, a prospecção permitiu a obtenção de informações importantes que serão processadas pelas companhias até dezembro deste ano e interpretadas até 2012.

Caso seja confirmada a presença de petróleo no litoral pernambucano, três poços serão perfurados na área entre os anos de 2013 e 2015. Apesar de parecer um prazo bastante longo, o processo é curto se comparado ao da Bacia de Campos (RJ) quando dez anos se passaram entre a descoberta do primeiro poço e a sua exploração.

Diretor-presidente da Galpenergia, Ricardo Peixoto afirmou que o estudo já pode ser considerado um extraordinário avanço para o Estado. "A bacia de Pernambuco era considerada uma bacia de risco, pois faltavam informações sobre ela. Esta coleta de dado bruto já pode ser considerada um bem para Pernambuco, já que foi feita com a melhor tecnologia possível, a mesma usada para analisar os poços do Pré-sal", afirmou Ricardo Peixoto, diretor presidente da Petrogal do Brasil.

Levados em consideração os investimentos feitos pelas duas empresas na pesquisa dos três blocos, as previsões são otimistas. Em apenas três anos, os recursos aplicados foram multiplicados por 25 e pularam de US$ 960 mil em 2008 para US$ 23 milhões este ano. "A Petrobras acredita na bacia de Pernambuco. Isto aqui não é um jogo de cena, afinal já investimos mais de US$ 23 milhões nos estudos", garantiu José Antônio Cupertino, gerente geral de exploração da Petrobras.

Otimismo revelado também nas palavras do secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho: “A Petrobras e a Petrogal nunca encontraram um poço seco em áreas de exploração de petróleo off shore (águas profundas)”, lembrou.

“O governo vai cumprir o seu papel de contribuir com o que for necessário e também emprestar a sorte pernambucana à Petrobras e à Galpenergia, para que a gente possa, um dia, processar na Refinaria Abreu e Lima o óleo que todos nós estamos torcendo para que o consórcio encontre na bacia Pernambuco/Paraíba”.

HISTÓRICO – As duas companhias conquistaram o direto de explorar a bacia PE-PB em 2008, após vencerem o leilão da nona rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo. Até então, os blocos localizados entre os dois estados nunca haviam despertado o interesse das empresas. O Governo do Estado então reivindicou junto à ANP a colocação de 11 blocos no leilão, mas apenas três foram autorizados e receberam licenciamento ambiental. Foi quando começou o trabalho de prospecção de empresas que quisessem apostar na bacia.

"O Governo de Pernambuco desempenhou um papel fundamental no sentido de atrair o consórcio para a realização dos estudos nos três blocos da bacia", falou Ricardo Peixoto. A Petrogal é a maior parceria da Petrobras na exploração de petróleo na costa brasileira com poços nas reservas do Pré-sal, na Amazônia e na bacia Bahia-Sergipe.

Assessoria de Comunicação Social do Governo de Pernambuco

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