domingo, 28 de março de 2010

Entrevista Paulo Skaf

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Skaf), Paulo Skaf, espera até o próximo mês uma definição quanto à possibilidade de concorrer ao governo da mais rica unidade da federação. Entre as ameaças à candidatura de Skaf, empresário ligado ao ramo têxtil, estão a possibilidade de uma coligação que colocaria o PT na cabeça da chapa ou ainda uma pouco provável candidatura de Ciro Gomes pela sigla em São Paulo. Confira trechos da entrevista concedida por e-mail.

Zero Hora – O que o levou a ingressar na política e tentar a candidatura ao governo de São Paulo ?Paulo Skaf – O exercício da política é um meio de ampliar a contribuição cívica para a solução dos problemas brasileiros e o desenvolvimento do país. Fiquei honrado com o convite que PSB me fez para concorrer ao governo do meu Estado e decidi ingressar no partido. Não podemos continuar só reclamando dos políticos, é hora de participar.

ZH – Como pretende lidar com a diferença de agilidade entre o público e o privado? Com a burocracia, enfim.

Skaf – O que falta ao setor público é gestão. Veja o problema da saúde. Todo ano, os recursos empenhados pelo governo federal não são usados em sua totalidade. Não adianta mais recursos, o que precisamos é melhorar os serviços públicos. Sou contra o desperdício e a favor de um Estado mais eficiente.

ZH – O senhor vê maior disposição de empresários para entrar na vida política?

Skaf – A classe empresarial sempre engajou-se na luta por um Brasil melhor e cumpriu seu papel como fomentadora do desenvolvimento. Recentemente, tivemos vários empresários que se filiaram a partidos políticos, num movimento que só fortalece a democracia. É muito positivo que os quadros partidários sejam renovados de tempos em tempos. Mas cada um deve seguir a sua vocação sem deixar de estar atento ao que acontece nos governos e lutar pelo desenvolvimento do Brasil.

ZH – Que afinidades o senhor tem com o PSB, um partido ligado à esquerda?
Skaf – O socialismo quer oferecer o mesmo que preocupa a todos os brasileiros e também aos empresários: oportunidades iguais a todos. A Fiesp, na atuação do Sesi e do Senai, oferece educação, saúde, cultura, esporte e lazer a milhões de pessoas que, provavelmente, sem essa oportunidade, não teriam acesso a esses importantes bens sociais. Esse socialismo responsável é no que acreditamos, é o que prega a Fiesp e quer o meu partido, o PSB.

Fonte: Jornal Zero Hora

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